Sou suficiente?

Tenta e tenta, mas é assombrado por esse sentimento, esse medo de não ser suficiente.

Pare agora.

Chega de se esforçar.

Não é assim. Não é possível livrar-se disso assim.

Tentar sentir-se suficiente é o equivalente a um programa de software que corre em círculos até quebrar o sistema, porque existe um vírus a obrigar o programa a fazer crer que precisa de entrar em loops impossíveis para chegar ao inatingível. O programa não distingue o vírus do código original; portanto, mantém-se num loop destinado ao colapso.

Sim. É um vírus. Não algo que esteja a faltar, mas algo antigo, transportado faz já muito tempo na maioria dos casos. É um peso adicional, não uma falta.

Em algum momento na sua infância, alguém importante para si pode ter agido consistentemente de tal forma que, de alguma forma, transmitiu que não estava verdadeiramente feliz consigo e com a sua existência PLENA. Talvez uma mãe deprimida, incapaz de deixar o filho sentir-se totalmente querido e amado; talvez um pai demasiado volátil ou reprovador ou dececionado. Talvez.

É preciso identificar as fontes.

Este sentimento — a sombra de algo nunca alcançado (e, na verdade, inalcançável) — exige que:

1. desenvolva a arte de ensinar os outros como tratá-lo(a); 

2. a arte de ter não tanta paciência com os outros (e deixá-los ganhar este precioso recurso de si;

3.º ser implacável, não apenas assertivo(a), quando alguém tenta induzir insuficiência em si ou controlá-lo(a) através disso.

Implacável significa acabar com a guerra quando esta está prestes a começar. Acabam-se as guerras não enveredando nelas, mas desconectando-se e recusando o desempenho dos papéis complementares. Caso contrário, se se sentir insuficiente ou tentar justificar-se ou atacar a outra parte, está a alimentar o caos e a permitir que os outros lhe tirem a paz e outros recursos.

Proteger a paz de espírito a todo o custo, implacavelmente se necessário. Aqueles que passam por "fogos" suficientes na vida acabam por sair humildes do outro lado. A vida gosta de forjar tal nas nossas almas a longo prazo. Aqui, não só a sua paz de espírito é naturalmente valorizada, como nos livramos de quaisquer laços com indivíduos que trazem caos, hostilidade ou afrontamentos injustificados à nossa vida. Desliga-mo-nos naturalmente à medida que a alma e o coração começam a considerar alguns indivíduos irrelevantes para a vida, imaturos e num caminho de autodestruição, com poucas hipóteses de superar aqueles acontecimentos realmente difíceis que estão essencialmente colocados na vida de cada um de nós, dificilmente contornáveis. Aqueles que carregam desdém no coração e desprezo pelos outros são os menos capazes de lidar com estas GRANDES montanhas que aparecem na nossa história. Na maioria dos casos, nunca as ultrapassam.

Recupere a liberdade de viver a vida como deseja. Não continue a viver a tentar pagar dívidas que alguém ou algo externo lhe tentaram impor. Se tentar, vai perder tempo e o controlo da sua vida.

Desfrute da companhia daqueles que o estimam e o ajudam a prosperar. Elimine todos os outros. Para o seu próprio bem.